Tag: logistica

  • A cultura dos e-Boxes no Brasil

    Publicado 28/06/2021

    Conheça a trajetória dos smart lockers no mundo, a chegada ao Brasil e como eles afetarão o futuro da logística.

    Nascida em 2001 na Europa, através da DHL e sua Packstation, a cultura da retirada de encomendas em armários inteligentes chegou aos Estados Unidos dez anos depois com o Amazon Locker. Nos últimos anos, pelo crescimento vertiginoso do e-commerce, os e-Boxes passaram a ser uma importante solução logística, atendendo a uma demanda de bilhões de pacotes por dia com uma excelente relação custo-benefício. 

    Em mercados mais maduros, grande parte da população já pode contar com essa conveniência. No caso dos alemães, 90% vivem a menos de dez minutos de distância de um smart locker. Na mesma toada, a Ásia se posicionou como um hub de inovação no varejo e adotou largamente os armários inteligentes para escoar os volumes crescentes do seu e-commerce, que já atinge quase 30% do volume total comercializado no mundo. 

    No Brasil, esta tendência chegou em 2019, ganhando força pela estrutura urbana e pelas dimensões continentais,  tornando-se um perfeito caso para uso de tais tecnologias. 

    Em nosso país, os varejistas têm incentivo a mais para adotarem a tecnologia: driblar as restrições de CEP de nossas grandes cidades e desenvolver um mercado potencial enorme e ainda inexplorado. Infelizmente, grande parte de nossa população vive em comunidades e possui severas limitações postais; está, na prática, alijada do comércio eletrônico ao não contar com entregas convenientes. Os números são assustadores: estima-se que 29% dos CEPs em SP e 44% no RJ sofram com atendimento logístico restrito. Além da óbvia exclusão social, tais estatísticas representam um mercado potencial representativo e sub-explorado para o nosso pujante setor de comércio eletrônico.

    Fonte: Folha de São Paulo.

    Garantir o direito de recebimento das compras é trazer essas pessoas para a venda online e permitir novos saltos do e-commerce brasileiro, cuja performance atual ainda está aquém da média dos países comparáveis. Em 2019, o e-commerce brasileiro representou 5,8% do total do varejo, enquanto a média mundial se aproxima de 12%. China e Estados Unidos despontam com 28% e 15%, respectivamente. 

    Em 2020 a demanda desenvolveu-se de forma drástica. O confinamento provocado pela pandemia de Covid-19 aumentou o hábito das compras pela internet  na medida em que varejistas e consumidores adotaram as soluções eletrônicas que devem caracterizar o novo normal. Os saltos de volumes trouxeram consequências óbvias de novos desafios a serem superados na entrega de última milha.

    Fonte: Nielsen.

    Investimento em última milha

    Neste contexto, a Clique Retire investiu para complementar a logística de última milha nas principais capitais. A rede de e-Boxes foi lançada em novembro de 2019 e já conta com mais de 250 endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro. Com um conceito de arquitetura aberta e flexível, a empresa passou a oferecer esta nova opção para pequenos, médios e grandes varejistas. Um investimento massivo em tecnologia preparou a plataforma para se integrar de forma fácil e fluida, com diversos parceiros, com plataformas de mercado ou próprias. 

    A empresa já tem parcerias com gigantes do mercado eletrônico e varejo físico como B2W, BrMalls, Aliansce Sonae, BR Distribuidora, DHL, entre outras. Empresas que estão investindo em ajudar os e-Commerces a baratear os gastos nas entregas fracionadas e em sistemas de integrações e automatizações, certificando que os pedidos estejam com as informações corretas e garantindo autonomia, facilidade e rapidez ao consumidor final no momento da retirada de cada produto.

    Créditos: Fernanda Vidoti.

    Remodelação dos sistemas de entregas

    Na Europa, os usuários dos armários inteligentes buscam por eles nas proximidades das estações de trem. Nos Estados Unidos, em lojas de conveniência com estacionamento. No Brasil, a estrutura de nossas cidades e a característica de nossa população, privilegia estações de metrô/trem/ônibus, postos de combustível e shopping centers. O brasileiro tende a preferir pontos em que o acesso é facilitado, seja a pé ou via automóvel, especialmente que já estejam no trajeto diário casa-trabalho.  

    A pandemia do Coronavírus também trouxe aos varejistas novos desafios, principalmente no caso de lojas físicas. Grande parte do volume migrou para canais eletrônicos e os lojistas tiveram que se adaptar. Com o fluxo reduzido nos estabelecimentos, tais comerciantes passaram a buscar novos canais de vendas e novas formas de entrega, privilegiando a facilidade e segurança sanitária para o consumidor final e um atributo dos armários inteligentes, antes despercebido, passou a ser altamente valorizado: a solução de autoatendimento sem contato. Os lojistas físicos passaram a disponibilizar a retirada dos produtos nos e-Boxes, automatizando e simplificando o Drive-Thru, e evoluindo a experiência do consumidor na modalidade Retire em Loja.

    Créditos: Fernanda Vidoti.

    Por se tratar de uma nova ideia, ainda é incerto em quanto o tempo o Brasil alcançará a disseminação e utilização dos e-Boxes dos principais mercados internacionais. A dimensão de nosso território nacional, os gargalos logísticos nos grandes centros e a estrutura urbana e demográfica tornam o país uma das geografias mais atraentes para esta nova modalidade. O desenvolvimento deste mercado segue a passos largos e em uma velocidade crescente. Já é possível vislumbrar o dia em que a utilização de um e-Box será tão corriqueira e conveniente quanto uma visita a um caixa eletrônico.


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  • Como os e-Boxes podem diminuir o valor do seu frete

    Publicado 08/02/2021

    Os e-Boxes podem ajudar a diminuir o frete da sua encomenda. Entenda como neste artigo.

    O consumidor tem agora a supremacia na escolha da opção do frete. E ele tem exercido seu direito de forma implacável, privilegiando quem lhe atende bem e punindo quem ainda acredita no frete one size fits all.

    Por isso, nossos e-commerces – que estão entre os melhores do mundo – têm buscado alternativas novas e mais eficientes de fretes. Trata-se de verdadeira corrida para atender melhor o cliente e provocando uma revolução logística no varejo online brasileiro.

    As diferentes opções logísticas oferecem variações entre prazo, preço e conveniência — e a decisão final é individual e contextualizada. O mesmo cliente que hoje privilegia o frete mais econômico, pode amanhã pagar caro pela conveniência de uma entrega mais rápida. Essa liberdade de escolha tem sido cada vez mais importante, com o consumidor levando em consideração as opções de entrega para decidir pela compra naquele site ou no concorrente.

    Valor do frete: uma necessidade estratégica

    Serviços de entrega no mesmo dia (same day delivery) estão cada vez mais comuns, ainda que ainda limitados às grandes capitais. E o desenvolvimento do e-commerce traz volumes crescentes que viabilizam serviços que têm se aperfeiçoado e oferecido valores mais baratos. Mas não só os consumidores comparam esses fatores. Os varejistas travam essa batalha em nome dos clientes. Portanto, reduzir custos passa a ser um desafio com necessidade estratégica.

    É claro que o valor do frete das transportadoras vai muito além das distâncias entre remetentes e destinatários. A consolidação de cargas tem ditado vencedores neste mercado, ao oferecer vantagens desproporcionalmente elevadas para quem consegue conquistar grandes volumes. Rotas densas diluem custos de forma muito intensa.

    Neste caso, melhoram as taxas de ocupação dos veículos e reduzem a quilometragem rodada – concentrando mais entregas em cada vizinhança. No geral, quanto maior a quantidade de volumes despachados, mais barato é o custo por pacote (combustível, pedágios, diária do motorista).

    Inovação e viável em curto prazo

    O Brasil, com suas dimensões continentais e sua infraestrutura ainda deficiente, sofre com uma série de gargalos logísticos. E isto ocorre principalmente na última milha. Trânsito intenso, restrições de circulação, vias urbanas inadequadas, locais em zonas de risco… Tudo isso só aumenta o desafio de quem busca a entrega perfeita.

    Este contexto de busca da “perfeição” da logística de última milha incentiva múltiplas inovações, desde a entrega via drones até robôs autônomos. Muitas dessas opções possuem pouca viabilidade de curto prazo para aplicações no mundo real. Porém, algumas chegaram para revolucionar a forma como o brasileiro recebe produtos. Dentre as mais promissoras, os e-Boxes (armários inteligentes, ou smart lockers) têm se destacado na selva de pedra de nossas cidades.

    Ter um ponto de retirada elimina o trecho mais caro da logística. O trecho “personalizado”, a entrega de casa em casa. Além disso, permite que ao invés de sair com 50 pacotes para 50 endereços, um caminhão possa fazer 500 entregas em apenas 10 dez armários inteligentes. Consequentemente, reduz custo e melhora o prazo de entrega, com benefícios claros para o consumidor.

    Soluções de e-Boxes (ou smart lockers)

    Adicionalmente, os e-Boxes trazem um nível de conveniência inédito para o consumidor, pois permitem uma entrega em horários flexíveis, com sigilo e segurança. Nada como a maravilha do autoatendimento dos armários para não ter que esperar em casa ou em filas pela entrega.

    O serviço é ainda mais valorizado por quem vive em áreas restrição de entrega e não conta com a opção de receber em casa. Se antes essas pessoas buscavam soluções alternativas e pouco convenientes – como “pegar emprestado” um endereço de familiar – , agora podem contar com um serviço de e-Box próximo a suas residências, trabalho ou no seu deslocamento diário.

    Além da redução de custos e aumento da conveniência, as entregas via armários inteligentes são mais seguras. Afinal, como são vigiados 24h por câmera, existe uma diminuição de extravios ou avarias em portarias. Também são mais rápidas, já que os pacotes são disponibilizados com agilidade para o cliente final. E mais eficazes, pois a entrega não fica pendente por inexatidão de endereço ou falta de alguém para receber. Por fim, mais estratégicas para quem entrega e para quem recebe.

    Por Gustavo Artuzo, diretor executivo da Clique Retire.


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