Tag: pós-pandemia

  • A volta do QR Code durante e pós pandemia

    Publicado 26/08/2021

    O QR Code veio para ficar! É essencial manter-se em dia com os movimentos dessas tecnologias para uma competição saudável pelo conforto e a segurança do consumidor e dos negócios.

    Há um ano, o Banco Central lançou o BR Code, padrão único para QR Codes que passou a ser usado em pagamentos por integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). O objetivo, segundo a instituição, foi aumentar a transparência de pagadores a recebedores, melhorar o acesso às informações e promover um ambiente mais competitivo.

    Em maio de 2020, foi a vez de Cielo e Getnet adaptarem suas máquinas de POS (point of sale) para receber pagamentos por QR code com o aplicativo do Caixa TEM, usado pelo banco para distribuição do auxílio emergencial a trabalhadores informais. Assim, usuários do Caixa TEM puderam realizar pagamentos em estabelecimentos comerciais que têm as maquininhas das redes, a partir da geração de um QR code na tela da máquina, escaneado pelo smartphone da pessoa.

    Se você ainda não sabe o que é QR Code, confira aqui em nosso Blog!

    Outro grande impulsionador da tecnologia QR Code no Brasil, durante a pandemia, foram as lives realizadas no período mais pesado da quarentena. Segundo levantamento do YouTube de maio de 2020, das dez transmissões de música mais assistidas na plataforma, sete eram de artistas brasileiros. E, enquanto os ajudavam a se aproximar do público, as lives angariavam doações através do quadradinho no canto da tela, o QR Code.

    Segundo uma pesquisa da mesma Cielo, que desde 2017 disponibiliza essa opção de pagamento em suas máquinas, o número de transações usando QR Code passou de 390 mil, em fevereiro de 2020, para 7,1 milhões, em outubro. Um salto que poderia demorar cinco anos em sete meses… Mais uma revolução acelerada pela pandemia.

    Surge um cidadão (consumidor) super digital e as empresas precisaram se mexer em tempo recorde para oferecer alternativas mais seguras e ágeis. Não que o QR Code tenha sido uma criação recente, não. A evolução do código de barras tradicional já é uma jovem adulta que completa 27 anos em 2021. O QR, que significa Quick Response, tem esse nome porque permite uma rápida interpretação dos dados que contém. O QR não precisa de um scanner para ser lido, como os códigos de barras tradicionais, até câmeras de baixa qualidade, são capazes de ler e interpretar a imagem.

    Apenas como curiosidade, ele tem várias versões, sendo que o modelo mais comum pode conter de 1.167 a 7.089 caracteres. O Micro QR Code e o iQR Code permitem até 40.000 caracteres em sua maior versão. Pois é… Um quadrado ou retângulo branco com pontos pretos impressos pode fazer muita coisa.

    O QR Code pode ser usado para diversos fins, como direcionar para um site, agilizar o download de um aplicativo, automatizar a conexão ao Wi-Fi de uma loja, fazer propagandas, conceder um cupom de desconto, incentivar compras por meio de aplicativos, fazer outros pagamentos e abrir compartimentos de smart lockers para retiradas de compras feitas pelo e-commerce, sem necessidade de contato com as máquinas (contactless), por exemplo, de forma prática, rápida e com segurança, do ponto de vista dos dados do consumidor.

    É uma tecnologia que também tem substituído a biometria com vantagem, visto que há um público com bastante dificuldade de utilizar essa forma de identificação, seja pela idade ou por outras questões com a própria nitidez da digital.

    QR Code Clique Retire contactless pandemia
    QR Code utilizado para abertura de compartimentos dos e-Boxes Clique Retire. Foto: Fernanda Vidoti.

    Para termos uma noção ainda melhor do potencial de uso do QR Code, vale citar a ótima pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, que em agosto de 2020 identificou: cerca de 48% de pessoas com smartphone e internet no Brasil já realizaram uma transação financeira com o QR Code. Desses, 53% eram das classes A e B e 46% das classes C, D e E. A maioria dos usuários da tecnologia também é masculina (52% homens e 44% mulheres). Outra conclusão foi de que o sistema da Apple chega a ter quase 20% de vantagem em relação ao Android na adoção dos códigos QR.

    Como vimos, finalmente o QR Code veio para ficar. Não sabemos quanto aos outros novos meios de pagamento e de demais transações (WhatsApp pay, CPF token, totem de autoatendimento etc). Mas uma coisa é certa: manter-se em dia com os movimentos dessas tecnologias é essencial para uma competição saudável pelo conforto e a segurança do consumidor e dos negócios.

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  • Os consumidores invisíveis para o e-commerce

    Publicado 28/01/2021

    Conheça os consumidores invisíveis do e-commerce.

    São 13 milhões de pessoas no país que movimentam quase R$ 120 bilhões por ano, um volume de renda maior que 20 das 27 unidades da federação – dados da pesquisa Economia das Favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras, feita pelos institutos Data Favela e Locomotiva. Entre os adultos moradores de favelas brasileiras, 87% acessa a internet pelo menos uma vez por semana, e mais de 97% dos jovens acessam regularmente.

    A favela está conectada e compra cada dia mais pelo e-commerce: 39% dos moradores, segundo a pesquisa. Entre os dados mais importantes dessa tabulação está o de que 1/3 dos consumidores que usam o comércio eletrônico nas comunidades populares não consegue receber seus produtos em casa, devido, principalmente, à escalada da criminalidade. E aí chegamos no ponto desta reflexão. 

    É preciso reconhecer mais uma exclusão social a que essas pessoas estão submetidas. Apenas para termos uma ideia mais exata da realidade nas duas principais capitais do país, 43,6% do total de endereços no Rio de Janeiro tinha algum tipo de restrição para entregas de produtos em 2018, assim como 29% dos CEPs da cidade de São Paulo (levantamento realizado com base no sistema de informação dos Correios, pelo jornal Folha de São Paulo).

    Se o produto não chega à favela, a favela que consome (e muito) tem que ir buscá-lo. Mas e os custos de locomoção e o tempo já curto de muitos trabalhadores que enfrentam horas a fio no transporte público para ir e voltar do trabalho? Quando uma encomenda chega numa agência dos Correios para retirada, muitas vezes longe da residência do morador de comunidade, ainda há filas. Ou seja, é preciso ter muita vontade para continuar comprando pelo e-commerce

    Infelizmente, vários desses consumidores acabam desistindo devido ao gargalo logístico na última milha, ou pelo menos desistiam no Rio de Janeiro e São Paulo até o início de 2020, quando serviços de armários inteligentes começaram a pipocar no país como solução logística para ajudar na sobrevivência do varejo físico e do e-commerce em tempos de pandemia.

    Nós realizamos uma pesquisa interna entre os usuários do nosso serviço de e-Boxes no Rio de Janeiro e São Paulo. A maioria absoluta dos consumidores que optou pelo serviço é de moradores de áreas não atendidas pelas empresas de entregas e muitos estavam a ponto de desistir, ou já haviam desistido de comprar pela internet. Até que descobriram os e-Boxes nas estações do metrô de ambas as capitais.

    Pandemia, necessidade e oportunidade

    Em 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, 7,3 milhões de novos consumidores aderiram às compras pela internet e 150 mil novas lojas online ingressaram na economia. É um caminho sem volta. E, como bem pontuou o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, é preciso, de uma vez por todas, quebrar preconceitos que afastem as empresas do desenvolvimento de negócios para essa parcela importante da população. E nós sabemos que, além de uma atitude socialmente solidária, ela é lucrativa. A população das comunidades populares não pode esperar que o problema da segurança pública seja solucionado. Enquanto isso, os armários inteligentes promovem inclusão.

    Afinal, são essas pessoas que mais precisam se beneficiar dos preços até 30% mais baixos do que os praticados nas lojas físicas. Moradores que não contam com porteiros em seus prédios ou não têm quem receba em horário comercial também são importantes para o e-commerce. Todos são.

    Que sejam bem-vindas todas as novas soluções logísticas que facilitam a vida do consumidor e permitem a recuperação da economia nessa pós-pandemia.

    Gustavo Artuzo – Diretor Executivo da Clique Retire


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